sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

A Verdade Sobre Acosta


Beto Acota chega ao time mais importante do Brasil como um completo mistério. Uma promessa de 30 anos? Um centro-avante? Um meia-atacante? Um ponta de lança? Uma fraude?

Para quem se acostuma a ver grandes talentos surgirem imberbes a cada alguns meses (não existe na história do futebol nada semelhante à profusão reiterada de bons jogadores que fazem do Brasil, para mim indiscutivelmente, o país do futebol), um uruguaio desengonçado, feio pra burro, com idade para ser pai de companheiros de equipe, surgir como estrela do irritante Náutico (time que sofreu a mais vexatória derrota que já vi para o raçudo e sortudo Grêmio), é realmente uma situação estranha.

E, afinal, quem é Beto Acosta?

Alberto Martin Acosta Martinez nasceu, de acordo com a maioria das fontes, algumas pouquíssimo confiáveis, na cidade de Montevidéu. em 13 de janeiro de 1977. Aliás parabéns, é daqui a dois dias..

À boca pequena, diz-se tratar-se claramente de um dos casos de gato mais escandalosos da história do futebol porque qualquer torcedor do San Lorenzo sabe que, aos alegados 11 anos, Beto Acosta fez 34 gols em 64 partidas pelo time. Alguns torcedores do time afirmam que o atacante tinha de fato 11 anos e 1,84m e se discutia pelas ruas de Almagro se ele era melhor ou pior do que aquele baixote que surgira no Argentino Juniors.

O que ninguém sabia é que ele, com esperanças de jogar pela seleção argentina, escondeu sua nacionalidade uruguaia, previendo a estagnação em baixa de uma seleção respeitável, que calou milhões de brasileiros, principalmente cariocas, que raramente se calam, no Maracanazo. Acosta atravessara o Rio da Prata, passara o carnaval em Florianópolis e se tornara um argentino.

Um dia Acosta se encheu e resolveu que voltaria para o seu país, deixando um substituto, de carreira gloriosa em grandes times como o Boca, o Sporting, sem que ninguém percebesse. Enquanto isso, construiu uma sólida carreira dedicada ao futebol de nível médio, pois era jovem e queria curtir a efervescente Montevidéu. Mas acima de tudo queria estar com uma figura antológica, que ao ser citada muda o valor de todo esse relato.

Acosta é filho de um dos grandes volantes da história do Urugai, que nunca defendeu a seleção nacionl por se recusar a jogar profissionalmente. Dono de carrinhos irresponsavelmente eficientes, chutões que assustavam até o bandeirinha e uma catimba muito refinada, Alberto Acosta, o pai, defendeu durante toda sua vida o Corinthians de Montevidéu. O alvi-negro da zona leste da capital uruguaia é time com mais títulos na liga amadora uruguaia, disputada desde 1890 a 1915 e que tinha como mais notório freguês o Peñarol. São mais ou menos 25 vitórias de vantagem, como o Corinthians e o São Paulo. Veio o profissionalismo e o time mais popular do país permaneceu amador. Acosta Pai, el Rey de Pocitos, boêmio e marcador, que tem 2 passaportes (um argentino, outro uruguaio), é uma figura popular até hoje na antiga Província Cisplatina. Entre uma Norteña e outra, declarou sentir enorme orgulho do fato do filho não ser um tampinha e se transferir para um time do nível do Corinthians, no momento mais importante de sua história. “Beto ha nascido para esto, siempre ha sido el mejor jugador de sus equipos, dueño de caegoria espetacular”.

Alberto, impresssionantemente parecido com o filho, logo muda de assunto e procura oturas pessoas.

Sempre atento aos grandes mistérios do futebol (estilo as horas que precederam França x Brasil, em 2008), acompanhei as carreiras paralelas de Acosta. O impostor de passaporte argentino é um jogador eficiente. O verdadeiro Acosta é um jogador que não se afoba e faz bonito, para dentro do gol, o que é mais importante. Seu jeito desengonçado engana os defensores adversários , que acabam sempre batidos, observando o jogador concluir com seu estilo frio e sem firulas. Beto Acosta parece um jogador da escola escandinava, com seus passos largos e objetividade.

O novo dono da camisa 10 alvi-negra é o Ibrahimovic do Tatuapé.

9 comentários:

Anônimo disse...

Vamos parar com essa história de tratar a segunda divisão como um espetáculo que vale atenção. Se o Blog e seus autores se propõe a falar de futebol, comecem a levar o assunto a sério. É uma tristeza ver dois talentosos cronistas se engalfinharem com temas tão irrisórios... Eu quero ver a mesma qualidade com um novo conteúdo! Sem mais, com por quês....

Chico Garcia disse...

Muito legal essa tal Ana Paula. Concordo com a busca por novos temas. O texto, excelente, como diria o Sr. Burns, principalmente pela figura de Roberto Acosta, o pai.

Palmas!

Anônimo disse...

Time mais importante do Brasil foi uma excelente piada, melhorou muito o meu dia!! Obrigado.

Anônimo disse...

Graaande Acosta, matador, o artilheiro, primeiro gol dele pelo timinho, só que contra!!!!!!
seria um bom tema:
Quantos centroavantes fizeram gol contra em sua estréia pelo novo clube?

desse jeito é segundona no paulista!

Anônimo disse...

Enfim, qual é a verdade sobre o Acosta???

Anônimo disse...

Esse maluco e o coringão é uma icógnita ae mermo tio!!

Tiago Marconi disse...

Jô Soares, a verdade é que o uruguaio teve uma carreira dupla, duas nacionalidades e chega cacifado por brilhante carreira como jogador argentino.

Anônimo disse...

Será que ele tem irmãos?

Acostinha seria o craque da familia?

Anônimo disse...

Esplendido hijo, que golazo!